De Florianópolis a Palmas, Governador Celso Ramos
- Jess e Hai
- 23 de abr. de 2016
- 2 min de leitura
Saindo de Floripa, o trajeto daria por volta de 60km a ida. Para quem pedalava cerca de 15km por dia, seria um pequeno desafio fazer esse trecho em um dia só, enfrentando ainda um morrinho de 120m de altitude nos 5km finais.
Para quem pedala, são desafios assim que nos enchem de vontade!

Saímos (atrasadas) por volta das 10h da manhã. Atravessamos a ponte e seguimos continente a dentro pela ciclovia da beira mar até o final dela, onde nos aguardava um delicioso caldo de cana.
Continuamos pelo Estreito até chegar na BR-101. Seguindo no sentido norte, os pedais giravam numa cadência constante. Em Biguaçu, fizemos uma pequena pausa (de quase 2h) para almoçar e nos escondermos um pouco do sol forte. Aproveitamos a pausa também para ajustar o câmbio dianteiro da bike J - coisa que na época não sabíamos fazer tão bem. Foi necessário parar novamente um pouco adiante para mexer mais até deixar ele num estado usável.
Cada viagem traz vários aprendizados. Nessa, um aprendizado muito importante foi: não pedalar de chinelo por 60km no sol. Chegando perto do destino, os pés já quase não aguentavam mais. Foi necessário encher de protetor solar e pomada para assadura. Faltando poucos quilômetros para a saída da BR para Palmas, paramos para nos refrescar e tomar o último caldo de cana do dia.

Os últimos 15km foram duros e cheios de pequenos morros, finalizando com o maior deles, com 100m de altitude. De cima, já se podia enxergar a recompensa, a praia linda de Palmas.
Deu tempo de sentar na praia e ver o dia se por. Avistamos as primeiras estrelas aparecem no céu e ficamos gratas pela oportunidade de estar nesse lugar lindo, com o corpo cansado, mas espírito renovado.

À noite, demos um passeio pela pequena vila, encontrando um lanche para comer, e depois voltamos à praia onde seria nosso local de descanso. Num lugar mais afastado do movimento noturno praiano, montamos a barraca e finalmente pudemos descansar. A noite foi tranquila, e o amanhecer mais ainda. Tentamos ver o sol nascer, mas o sono venceu. De qualquer modo, acordar e já dar estar de frente para o mar e um sol gostoso, não tem preço!
Nessa viagem, nosso kit cozinha ainda não existia, então nossas refeições ficaram por conta dos restaurantes e das padarias locais. O problema maior era o banho. Na praia, havia banheiros pagos com a opção de chuveiro, porém, querendo economizar e já treinar a vida na estrada, nos viramos com banhos de gato nas torneiras públicas da região.
Nesse dia, descansamos, passeamos e comemos. Por volta das 14h da tarde iniciamos nosso trajeto de volta à Floripa. Chegamos já de noite, mortas, famintas e felizes por mais um final de semana diferenciado. Que venha a Argentina!
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