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Como montar uma bike de baixo custo para cicloviagens

  • Foto do escritor: Jess e Hai
    Jess e Hai
  • 8 de nov. de 2016
  • 3 min de leitura

Para poder cicloviajar é preciso - há quem diga que só - ter uma bicicleta. Para quem tem mais recursos, existe um arsenal de bikes e equipamentos de qualidade. Há inclusive bicicletas que vêm prontas de fábrica para a prática de cicloturismo, no geral importadas e conhecidas em inglês como touring bikes.

Se ter dinheiro a vontade não é o seu caso, saiba que não é preciso ter uma bike top de linha para poder se jogar na estrada.

Uma ideia legal é começar com uma bicicleta simples (inclusive usada), fazer modificações para deixá-la mais resistente para viagens, e, o melhor, sem gastar muito. Procure pesquisar o preço em diferentes bicicletarias, comprar peças online e aprender a fazer manutenções e instalações por conta própria.

Leia a seguir dicas sobre peças e acessórios!


Quadro


Tipo

No Brasil, há basicamente duas opções de bikes para comprar, Mountain Bike ou Speed. Particularmente, preferimos os quadros de MTB para a cicloviagem. As Speeds são ótimas para estrada, leves e rápidas. Porém, há modelos que não possuem furação para bagageiro e costumam não ser tão robustos quanto os de MTB. Os quadros de MTB são mais resistentes e permitem montar uma ótima bike de turismo.


Tamanho

O quadro deverá ser do tamanho correto para você. Isso é fundamental para não sentir dor após passar horas em cima da magrela. Para saber qual o tamanho indicado, basta tomar algumas medidas, como explicado nesse bike fit online, e ver os resultados.


Material

Os mais comuns, leves e baratos são de alumínio e, portanto, os mais recomendados. Os quadros de ferro são resistentes, porém, além de pesados estão sujeitos à oxidação. Os de cromoly são mais caros e difíceis de encontrar, mas trazem a vantagem de serem leves e soldáveis em casos de quebra.


Pneus

A grossura e o tipo do pneu mais indicado vai variar de acordo com o terreno que você enfrentará em sua cicloviagem. Pneus mais finos aguentam uma pressão maior, deixando sua bike mais rápida, porém dão menos aderência para enfrentar curvas, areia, estrada de terra e pedras.

Pneus lisos são feitos para asfalto e os de cravo para trilhas. Há um pneu denominado misto ou semi-slick que pode ser uma boa opção para quem vai enfrentar todas as condições de terreno.

Nossa recomendação é usar um tamanho de pneu 1,75 a 1,95 do tipo misto/semi-slick. Uma marca com ótimo custo-benefício é a Kenda, modelo K-847.


Aros

Bikes comuns costumam vir com aros de paredes simples, mas para aguentar o peso levado numa cicloviagem recomendamos aros de parede dupla, como a linha de entrada da Vzan, chamada Escape.


Selim

O selim é um produto muito pessoal, já que a anatomia varia de pessoa em pessoa. Na hora de comprar, é bom ficar atento à distância entre os seus ísquios, os ossos que devem suportar seu peso enquanto pedala. Mulheres normalmente têm uma distância maior entre os ísquios e precisam de selins mais largos. É importante descobrir também a posição correta do selim, pois a inclinação, altura e avanço alteram os locais de pressão contra o corpo e a percepção de conforto. Basicamente, deve-se procurar uma posição onde não há pressão sobre os tecidos mais sensíveis e sim sobre os ísquios. Nós damos preferência aos modelos com gel e não com espuma, pois os de espuma logo deformam.


Movimento central

O movimento central é a peça que está dentro do quadro entre cada lado do pedivela. É interessante que ele seja selado/rolamentado para que tenha menos chances de dar problemas e menos necessidade de manutenção. Há modelos baratos por R$25 a R$40 da marca Neco, e mais caros da Shimano a partir de R$80.


Guidão

Apesar deste também ser um item que depende muito do gosto pessoal, pedalar por muitas horas na mesma posição causa dor ou dormência nos dedos, mãos e braços, sinais de lesão. Guidões borboleta permitem variações na posição das mãos, sendo mais confortáveis para várias horas de pedal. Há quem prefira também o uso de guidão de MTB com bar-ends ou guidões do tipo drop.


Bagageiro Traseiro e Dianteiro

Há modelos de alumínio e de ferro no mercado. Os modelos de alumínio são leves e resistentes à corrosão, porém são mais caros, costumam quebrar mais facilmente e suportam menos peso. Indicamos os modelos mais simples de ferro maciço, que podem ser adaptados e reforçados em um serralheiro mais próximo de você. A adaptação ajuda a posicionar corretamente os alforges e impedir que eles encostam na roda, como na foto abaixo.

Itens de Segurança

Preste atenção na legislação de cada país por onde você for passar para que você e sua bike tenham todos os itens de segurança exigidos, como refletores, buzina, paralamas, luzes de sinalização, retrovisores.


Confira neste post as specs e peças utilizadas nas nossas bikes.


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